segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Entregador segura tudo pelo Trieste

                                                                                Walter Alves/Gazeta do Povo
O zagueirão Paulo Sérgio, do Trieste, ganha mais um lance no duelo de sábado com o Capão Raso

  
Suburbana

Zagueiro Paulo Sérgio trabalha com entrega de eletrodomésticos durante a semana e aos sábados se torna xerifão na Suburbana

Publicado em 25/10/2010 | Maurício Kern, especial para a Gazeta do Povo

Entregador de eletrodomésticos durante a semana, o zagueiro Paulo Sérgio segura tudo em ação na Suburbana pelo Trieste. No melhor estilo xerifão, ele teve participação especial na goleada por 5 a 1 sobre o Capão Raso, neutralizando o ataque adversário, sábado, em Santa Felicidade.

Paulo Sérgio dos Santos, de 35 anos, trabalha há três meses entregando eletrodomésticos pelas ruas da capital e região metropolitana. O zagueiro chega às sete horas da manhã na empresa, carrega o caminhão toco, pega a lista de entregas e vai para o trecho, só voltando às cinco da tarde.

Fora do trabalho, o atleta carrega na bagagem uma coleção invejável de títulos no futebol amador. Foi pentacampeão da Taça Paraná pelo Combate Barreirinha e campeão pelo Urano. De quebra, conquistou mais sete títulos da Divisão Especial da Suburbana.

No final do ano passado, o camisa 4 do Trieste trocou a Vila São Pedro (do Urano) por Santa Felicidade. O xerifão dá a receita para o sucesso. “O apoio que recebo da minha família e da minha esposa Danieli são fundamentais”, agradece.

No sábado, o clássico Paratiba afastou alguns torcedores do Estádio Francisco Muraro. Mesmo assim, os times entraram em campo com a tradicional bateria de fogos de artifício e ao som das vuvuzelas.

A vitória triestina começou a ser desenhada aos 18 minutos do primeiro tempo, quando Anderson recebeu na área e bateu cruzado. O Capão Raso empatou aos 28, com Cleverson. Dois minutos depois, entrou em ação Paulo Sérgio. Ele recebeu a bola, matou no peito e lançou de três dedos para Ioiô. Na sequência, Thiago Santos desempatou.

A partida truncada e com muitas faltas fez os maqueiros do time da casa trabalharem. A cada botinada que levava um atleta ao gramado, o árbitro acionava os maqueiros Claudinei e Alex. “Olha lá, mais um carreto. Agora é no meio de campo. Ufa, já é o quinto do dia. Esse aí estava meio pesado”, brincavam, ofegantes.

Após o intervalo, Anderson fez 3 a 1 aos 17 minutos. Os triestinos sufocavam os visitantes. Após a entrada de Hideo, veio a correria e mais dois gols. Ioiô e Douglas ampliaram e definiram o placar em 5 a 1, garantindo a classificação antecipada do Trieste às semifinais. Na comemoração do último gol, o atacante Douglas esbarrou no goleiro adversário e acabou perdendo o calção. Sorte que ele estava de cueca por baixo e ficou por isso mesmo.

Outros resultados:

Pilarzinho 1 x 3 Vila Hauer, Ura­­no 3 x 3 Santa Quitéria e Iguaçu 3 x 1 Combate Barreirinha. O Vi­­la Hauer lidera o grupo A, com 10 pontos. O Trieste é o líder do B, com 12.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Ex-office-boy inferniza os adversários

Walter Alves / O atacante Marlon comemora com os companheiros de Santa Quitéria o gol isolado da vitória sobre o Pilarzinho. Time do ex-paranista é o líder do grupo A
O atacante Marlon comemora com os companheiros de Santa Quitéria o gol isolado da vitória sobre o Pilarzinho. Time do ex-paranista é o líder do grupo A. Fotos: Walter Alves/Gazeta do Povo. 

Amador

Publicado em 18/10/2010 | Maurício Kern, especial para a Gazeta do Povo

Marlon de Souza Lopes, ex-office-boy, que no passado trocou as filas de bancos, malotes e pernadas nas ruas, pelas chuteiras no mundo da bola. No sábado, fez o gol da vitória no Es­­tádio Maurício Fruet, local que o projetou ao time profissional do Paraná Clube em 1999. O atacante reviveu sua carreira no duelo do Santa Quitéria contra o Pilarzinho e desequilibrou a partida na vitória suada do Quitéria por 1 a 0.

Não é conto de fadas. Marlon, atacante, hoje com 34 anos, enfrentava diariamente as filas de bancos an­­dando alguns quilômetros pelos bairros de Curitiba na década de 90. Largou a profissão de boy em 1992, após participar de uma peneirada no juvenil do Vila Fanny. Os dotes do atleta com a bola foram descobertos já na primeira partida do amador, e, por coincidência, no Estádio do Santa Quité­ria.

O Vila Fanny havia vencido o time da casa por 8 a 0, e o atacante fez 6 gols na ocasião. Depois, teve passagem pelo juvenil e juniores do Atlé­­tico, durante um ano e meio. Após a temporada no Furacão, ficou parado e foi jogar no Combate Bar­­reri­­nha. Recebeu um convite e foi se aventurar na Bélgica, disputando a Terceira Divisão pelo Tournai.

Não se adaptou por lá, retornando ao Barreirinha e sendo campeão pelo Combate na disputa da Taça Paraná de 1999. O jogador fez os cinco gols do título, na vitória por 5 a 2 contra o Danúbio. Nesse duelo, o artilheiro foi o centro das atenções, recebendo uma proposta do conselheiro Barba para atuar no profissional do Paraná.

Além do Tricolor da Vila Ca­­pane­­ma, Marlon ingressou em diversas equipes dentro e fora do país. Entre elas, Joinville, Figueirense, Juventu­­de, Kawasaky Frontale (Japão), Por­­tu­guesa e América (México). Com um currículo extenso, foi campeão catarinense pelo Joinville, em 2001, e pelo Figueirense, em 2004. Fez seu pé de meia e hoje está cursando a faculdade de Educação Física.

Retornou às suas origens em 2008, defendendo o Trieste pelos gramados suburbanos. Está desde o ano passado no Santa Quitéria e continua com o mesmo faro de gol das antigas: é o vice-artilheiro da competição, com 8 gols.

No sábado, a missão do “ex-oficce-boy” foi cumprida logo aos 2 minutos do primeiro tempo. O goleiro Jonas cobrou o tiro de meta, Cris­­tiano deu um toque sutil por cima, e Marlon pegou a sobra do travessão, estufando a rede do Pilarzinho: 1 a 0.

Após o intervalo, o time visitante desperdiçou várias oportunidades e parou no arqueiro Jonas, que garantiu os três pontos. “Aproveitamos a chance”, resumiu Marlon. Frase que pode ser entendida de muitas ma­­neiras.

Outros resultados:

Vila Hauer 3 x 4 Urano, Santa Qui­­téria 1 x 0 Pilarzinho, Combate Barreirinha 1 x 4 Trieste, Capão Ra­­­­so 1 x 1 Iguaçu. O Santa Quitéria lidera o grupo A, com 8 pontos. O Trieste é o líder do B, com 9 pontos.
                                                              

Caminhoneiro rouba cena no clássico dos italianos

                                       Hugo Harada/ Gazeta do Povo
Hugo Harada/ Gazeta do Povo / Caminhoneiro foi o destaque do “Atletiba da Suburbana” no sábado
Caminhoneiro foi o destaque do “Atletiba da Suburbana” no sábado

Suburbana

Publicado em 11/10/2010 | Maurício Kern, especial para a Gazeta do Povo

Carregar madeira cerrada e tora de pinos na boleia de um caminhão de Itaperuçu a Curitiba todos os dias. Este é o roteiro que o lateral Gilmar do Iguaçu enfrenta pelas estradas onde passa. No sábado, o caminhão dele quebrou e por muito pouco o atleta não conseguiu chegar a tempo de participar do empate por 1 a 1 no clássico dos italianos, entre Iguaçu e Trieste.

Aapós carregar o caminhão às cinco da manhã com tora de pinos, Gilmar José Machado, 29 anos, conseguiu fazer apenas o trajeto de 1 quilômetro até quebrar o Ford cargo 2628 em Itaperuçu. A hélice da ventoinha variou e o atleta teve de deixar o veículo parado no local e pegar uma carona para voltar a tempo de participar do segundo tempo no Estádio Egydio Pietrobelli.

Gilmar se divide entre a boleia do caminhão e o futebol há três anos. Nos gramados iniciou na Suburbana em 2004. Passou por diversas equipes e foi campeão Sul Brasileiro defendendo o Trieste em 2007. Sem carreto, o jeito foi voltar de carona para Santa Felicidade e encarar o “Atletiba da Suburbana”, apelido dado a este clássico pelos torcedores locais. O duelo tão esperado, só teve emoção após a chegada do caminhoneiro do Iguaçu.

Após o intervalo, bastaram 45 minutos em campo para o lateral direito Gilmar desequilibrar a partida e guiar seus companheiros em campo. Na primeira bola que recebeu, mandou na gaveta e o goleiro triestino foi buscar de mão trocada. Principal jogador do time, o caminhoneiro é vice-artilheiro do campeonato com sete gols. “Vou tentar buscar a artilharia até o final da competição, “destacou Gilmar.

Rivalidade acirrada, jogo de muita pegada, a partida foi decidida em duas bolas paradas. A primeira aconteceu aos 25 minutos. Nilvano cobrou falta a bola desviou na zaga e balançou a rede para o alvinegro. Dois minutos depois, jogada ensaiada de dois ex-atletas do Paraná. Hideo bateu escanteio e o zagueiro Guilherme empatou de cabeça para o Trieste.

Outros resultados:

Vila Hauer 1 x 1 Santa Quitéria, Iguaçu 1 x 1 Trieste, Pilarzinho 3 x 0 Urano, Combate Barreirinha 1 x 1 Capão Raso. O Vila Hauer lidera o grupo A, com sete pontos. O Trieste é o líder do B, com 6.

Bastidores

Nesta rodada, ocorreram duas situações inusitadas. Na partida entre Iguaçu e Trieste. A trave de treinamentos que fica ao lado do campo caiu em cima do bandeira Diego Grubba. Ele foi atendido, sentiu dores na nuca mas continuou na partida até o fim.

O jogo entre Pilarzinho e Urano foi encerrado aos 38 minutos do primeiro tempo. A equipe do Pilarzinho vencia por 3 a 0 e o árbitro expulsou 5 jogadores do Urano, encerrando a partida por número insuficiente de atletas, dando a vitória ao Pilarzinho.

Luta contra a ‘degola’ será fora de casa

             Pedro Serápio/ Gazeta do Povo
Pedro Serápio/ Gazeta do Povo / Anderson Aquino, que deixou o campo machucado, lamenta lance contra o Icasa
Anderson Aquino, que deixou o campo machucado, lamenta lance contra o Icasa

Das dez rodadas finais, seis o Tricolor jogará longe da Vila. Retrospecto agrava o medo de rebaixamento

Série B

Publicado em 11/10/2010 | Maurício Kern, especial para a Gazeta do Povo

A matemática paranista se complica a cada rodada. Dos dez jogos que restam para o Paraná até o final do campeonato, seis serão disputados fora de casa. E o retrospecto é negativo, pois das 13 partidas disputadas longe da Vila Capa­­­nema, o time venceu 2, perdeu 9, e empatou 2. Muito pouco para um time que precisa conquistar 13 pontos para escapar da degola até a última rodada.

A conta ganhou força após o tropeço no Durival Britto contra o Icasa. O empate sem gols deixou o time – 13.ª colocação, com 33 pontos – a quatro da zona de rebaixamento. Amanhã, a equipe enfrenta fora de casa, o Guaratinguetá às 19h30.

No sábado à noite, contra os cearenses, o Tricolor entrou em campo com um time ofensivo no esquema 4-3-3. No melhor tom político, o novo treinador Roberto Cavalo havia prometido durante a semana um time com três atacantes buscando a vitória desde o início. Teoria que não se concretizou.

Anderson Aquino, Rodrigo Pimpão e Lima não viram a cor da bola e o ataque do Paraná foi pífio na Vila Capanema.
“Esperávamos um adversário difícil, abri mão de três zagueiros e tentamos ser mais ofensivos desde o início. O time não rendeu o esperado e tive que voltar com o sistema de 3-5-2 após o intervalo. Precisamos buscar o resultado lá fora para recuperar os pontos perdidos em casa”, abriu o treinador.

“Começou a reta final e não podemos tropeçar mais. Só cabe a nós, a responsabilidade é nossa, precisamos trabalhar para sair desta pressão. O Icasa pressionou o Paraná aqui dentro e isto não pode acontecer perante a nossa torcida. O clube precisa sair desta situação, é o segundo [na verdade, terceiro] ano seguido brigando para não ser rebaixado,” seguiu.

O treinador Roberto Cavalo não vai poder contar com o lateral Murilo, que recebeu o terceiro cartão amarelo e com Anderson Aquino que saiu lesionado com uma torção no joelho.


Confira a ficha técnica de Paraná 0 X Icasa 0



Pontímetro

Soldador tem dia de Dadá Maravilha no Capão Raso

                                         Hugo Harada/Gazeta do Povo
Hugo Harada/Gazeta do Povo / Gerson, do Capão Raso, comemora o seu gol no empate por 1 a 1 com o Trieste
Gerson, do Capão Raso, comemora o seu gol no empate por 1 a 1 com o Trieste

Suburbana


Publicado em 04/10/2010 | Maurício Kern, especial para a Gazeta do Povo

Soldar pisos de carros durante a semana, das 6 h às 14h40. Essa é a rotina que o atacante Gerson, do Capão Raso, enfrenta na fábrica onde trabalha. No sábado, ele deu uma de Dadá Maravilha da Suburbana, em um lance memorável, sendo o destaque da equipe no empate por 1 a 1 com o Trieste.


Pelo menos por um dia, o soldador se juntou à lista de três coisas que param no ar, criada pelo folclórico centroavante dos anos 60 e 70: helicóptero, beija-flor e Dadá Maravilha.

O lance aconteceu ainda no primeiro tempo do jogo no Estádio José Carlos Oliveira Sobrinho, no Capão Raso. Lembrando Dadá – que preferia as cabeçadas –, Gerson, em tarde inspirada, recebeu a bola na área, matou no peito e parou no ar antes de dar sequência para um belo voleio, que bateu na trave antes de ir para fora.

Gerson Júnior Cordeiro da Cruz, 31 anos, nascido em Antonina, trabalha há três anos como soldador de piso de carros. Na labuta diária, utiliza equipamentos de segurança, como óculos, luvas de raspa, avental de couro e boné protetor. Nos gramados, chuteiras, camisa, calção e meião.

Ele iniciou na Suburbana em 2003, passando por Combate Barreirinha e Trieste, antes de defender o Capão Raso. No ano passado, rompeu o ligamento do joelho direito e ficou nove meses longe dos gramados. Se recuperou e voltou na quinta rodada deste campeonato. No sábado começou a primeira partida jogando. “Dedico a minha volta primeiramente a Deus e à minha esposa, Ana Caroline, que me acompanha em todas as partidas”, declarou.

Nem o campo molhado e pesado, prejudicado pela forte chuva de sábado na capital, foi capaz de atrapalhar o clássico entre Capão Raso e Trieste.

O primeiro tempo se resumiu a dois lances de Gerson. Depois do voleio na trave do goleiro André, o camisa 11 deixou a sua marca. Recebeu sozinho, dominou e bateu forte de canhota no canto.

Após o intervalo, tudo caminhava para uma vitória do Capão. Ledo engano. O time da casa chegou a marcar o segundo no finalzinho, mas o bandeira anulou por causa de um toque de mão. A reviravolta veio aos 46 minutos. Paulo Sérgio recebeu na área, escorou de cabeça e Ioiô empatou para o Trieste.

Outros resultados:

Vila Hauer 3 x 1 Pilarzinho, Santa Quitéria 2 x 2 Urano, Combate Barreirinha 1 x 6 Iguaçu. O Vila Hauer lidera o grupo A, com 6 pontos. O Trieste é o líder do B, com 5.

Gerente supera a crise no Vila Hauer

                                       Walter Alves/ Gazeta do Povo
Walter Alves/ Gazeta do Povo / Marinho Lima em meio aos jogadores do Vila Hauer: vitória sobre o Urano con­­soli­­da a reação do time no campeonato
Marinho Lima em meio aos jogadores do Vila Hauer: vitória sobre o Urano con­­soli­­da a reação do time no campeonato

Marinho Lima, que troca a agência bancária pelos campos de futebol amador nos fins de semana, comanda a ressurreição da equipe

Amador
 
Publicado em 27/09/2010 | Maurício Kern, especial para a Gazeta do Povo

Antes de a bola rolar no sábado, as atenções estavam voltadas para o badalado Urano, que largava na segunda fase com um ponto extra e com vários ex-profissionais em campo. Mas do outro lado tinha o guerreiro Vila Hauer, do competente treinador Marinho Lima, que conseguiu dar uma injeção de ânimo em seus atletas e desbancar os donos da casa na Vila São Pedro. Placar: 1 a 0.

O mago Marinho Lima não quis dar a receita da poção mágica usada para ressuscitar o time do Vila Hauer na competição. Ele conseguiu resgatar a autoestima de um time que estava desacreditado, quase rebaixado.
Durante a semana, Marinho Li­­ma é Osmari José de Lima, gerente de banco de 44 anos, dos quais 25 dedicados à profissão. Aos sábados, o banco que ele frequenta é outro, o dos reservas do Vila Hauer. A dedicação aos campos da suburbana começou em 1988, no Renovicente. Já conquistou 16 títulos como técnico.

Marinho está há três anos liderando o Vila Hauer. “Neste ano, a pressão vinha de tudo quanto é lado, tinha alguns torcedores e diretores do clube querendo a minha saída do time. Na primeira fase, estávamos em uma situação complicada até a última rodada, mas conseguimos salvar o time a tempo.”

No último sábado, no Estádio Manoel Garcia de Andrade, as emoções ficaram guardadas para o se­­gundo tempo. Os comandados de Marinho retribuíram em campo com um gol aos 30 minutos. Fernan­­dinho, camisa 10, recebeu sozinho na área, driblou a zaga e bateu rasteiro.

Após o gol sofrido, o Urano pressionou e tentou empatar a partida de todo jeito, só faltou combinar com o goleiro Yuri, que fechou a meta e garantiu o envelope (bicho) dos jogadores até o final do jogo. “Ofereço essa vitória ao grupo e em especial ao jogador Fernandinho, que fez o gol da vitória e está com o pai hospitalizado em situação difícil”, concluiu o gerente do Vila.

Outros resultados: Trieste 1 x 0 Combate Barreirinha, Pilarzinho 0 x 1 Santa Quitéria , Iguaçu 1 x 1 Ca­­pão Raso, Urano 0 x 1 Vila Hauer. Pelo grupo B, o Trieste é o líder com, 4 pontos. Pelo grupo A, Santa Quité­­ria e Vila Hauer dividem a liderança com 3 pontos.

Bandeirão é o orgulho da torcida do Pilarzinho


                                  Hugo Harada/Gazeta do Povo
Hugo Harada/Gazeta do Povo / Com direito a bandeira gigante o  Pilarzinho está garantido na segunda fase da Suburbana-2010
Com direito a bandeira gigante o Pilarzinho está garantido na segunda fase da Suburbana-2010
   
“Olha que bacana, é o maior bandeirão da Suburbana”, canta a torcida Camisa 12. Time está classificado para a próxima fase

Suburbana

Publicado em 20/09/2010 | Maurício Kern, especial para a Gazeta do Povo
  
Um bandeirão gigante e uma torcida organizada e empolgada foram o centro das atenções nas arquibancadas do estádio Bortolo Gava, no sábado, no empate por 1 a 1 entre Pilarzi­nho e Santa Quitéria. Ambas as equipes já entraram em campo classificadas para a próxima fase. Mesmo as­­sim, o incentivo de torcedores apaixonados pelo Pilarzinho provou que a magia da Suburbana tem o poder de atrair homens, mulheres e crianças em torno do clube de coração.

 
Há três anos, os irmãos gêmeos Fábio e Fabrício Saporetti e o colega Caio Fernandes se reuniram no estádio do Pilarzinho durante um jogo e levaram uma faixa para torcer pelo Tricolor. A partir desse instante criou-se um elo de ligação e carinho que muito time profissional não possui nos dias de hoje.

Mas os três não imaginavam que a organizada “Camisa 12” iria atrair tanta gente em tão pouco tempo. “Devemos ter aproximadamente 120 integrantes e a torcida aumenta a cada partida com o nosso time jogando fora ou dentro de casa. Vem gente de tudo quanto é canto da cidade. O transporte para acompanhar o time é feito do jeito que é possível: de ônibus, pernada na rua, carona ou bicicleta. Tudo é válido pelo Pilar­zi­­nho”, comenta Fábio Saporetti, estudante, de 17 anos, morador do bairro e estagiário no Tribunal de Justiça. Pau­­lo Cesar Mattes, 29 anos, tosador de cães e gatos, faz rifas para levantar dinheiro para a compra de materi­ais. “Não temos apoio da diretoria, é tu­­do por nossa conta,” diz o torcedor.

Nem mesmo o frio e a garoa fina que teimava em cair no sábado em Curitiba foram capazes de inibir ou segurar a galera que pulava e incentivava o time nas arquibancadas. Com gritos que entoavam “Olha que bacana, é o maior bandeirão da Su­­burbana” e “Ô, pra cima deles Tricolor. Pra cima deles Tricolor, ô”.
Com a bola rolando, no primeiro tempo o ataque do time da casa retribuiu o apoio com um gol aos 35 mi­­nu­­­­tos. Peter tocou para Fábio dar um belo drible na zaga e inau­­gurar o placar. “Consegui enganar os zagueiros e fiz um bonito gol. Mas graças a esta torcida que apoia a gente do início ao fim”, declarou o atacante.

O Santa Quitéria conseguiu em­­patar aos 30 minutos do segundo tempo. Cristiano, o artilheiro da Suburbana, pegou na veia de fora da área e computou o seu décimo gol na competição.

Escolta

Os outros resultados da rodada fo­­ram Vila Hauer 2 x 1 Iguaçu, Vila Fanny 1 x 1 Combate Barreirinha, Trieste 3 x 1 Osternack, Urano 2 x 1 Capão Raso e Uberlândia 1 x 1 Nova Orleans. No estádio Gustavo Shier, torcedores do Uberlândia – rebaixado para a Série B, assim como o Osternack – ameaçaram o trio de arbitragem, que teve de sair escoltado por uma viatura policial.

Segunda fase
Os oito classificados foram divididos em dois grupos. Os dois primeiros de cada grupo se classificam para as semifinais
Grupo A
Urano *
Santa Quitéria
Pilarzinho
Vila Hauer
Grupo B
Trieste *
Capão Raso
Iguaçu
Combate Barreirinha
* Donos das melhores campanhas, Urano e Trieste começam com um ponto extra.

Clone de Luxemburgo leva Fanny à vitória

                                                                                Hugo Harada/Gazeta do Povo

  O técnico Jurandir Senna usa terno e gravata, mas está longe de ser “comportado” na beira do gramado
   
Intervenção de Jurandir Senna, que adota o estilo do famoso técnico do Atlético-MG, foi fundamental no triunfo chorado sobre o lanterna Osternack

Suburbana

Publicado em 13/09/2010 | Maurício Kern, especial para a Gazeta do Povo

 Jurandir Senna, comanda o Vila Fanny na beira do campo, usa terno e gravata, sapato lustrado e relógio invocado, atributos que deixam o treinador de Curitiba com pinta de Luxemburgo da Suburbana. O estiloso e experiente treinador foi o per­­sonagem na vitória suada do Vila Fanny por 1 a 0 contra o lanterna Osternack, sábado, no Estádio Ismael Gabardo.

No banco de reservas, o Luxa da Suburbana não se conteve ao ver Evandro errar o passe e entregar a bola nos pés do adversário. “Só joga bola podre, eles estão com um jogador a menos. Faz a jogada por conta e dá nisso”, gritou, em um dos muitos berros à beira do gramado. Muitos de incentivo outros de repreensão aos seus atletas que insistiam em errar passes e perder uma enxurrada de gols durante o jogo.
Jurandir Senna, 57 anos, pai de Eduardo, Henrique e Juliana, é vendedor de consórcios de carros há dez anos. Iniciou a carreira de treinador em 1992 pelo União Ba­ri­gui. Com um currículo extenso, passou por várias equipes do fu­­tebol amador, entre elas: Fla­­mengo, Combate Barreirinha, Vila Hauer, Nova Orleans, Capão Raso, Bairro Alto, Grêmio Ipiran­­ga, Perugia, Roça Grande, Ipê, Im­­pé­­rio do Futebol e Trieste. Carrega na bagagem o título de campeão da Copa Integração em 2006, com o Vila Fanny.

Em 2007, foi campeão com o Ipê disputando a liga de São José dos Pinhais, e em 2008 conquistou o Sul Brasileiro pelo Trieste. É o terceiro ano que comanda o Vila Fanny, recebeu um convite da diretoria do clube antes do início desta competição. “Na primeira rodada contra o Pilarzinho a equipe teve de mesclar com juniores para completar o time principal”, declarou Senna.

Na partida de sábado, o Oster­­nack entrou em campo com um jogador a menos, fator que impulsionou os atletas do time da casa a pressionarem desde o início do primeira etapa. Mas a mira estava desalinhada e os passes errados e gols perdidos deram a tônica dos 45 minutos iniciais. A estrela do treinador Jurandir Senna começou a brilhar após o intervalo. Senna co­­locou em campo o atacante Fei­­jão, que desequilibrou e fez o único gol chorado da partida aos 27 minutos. Zuca tocou para Fei­­jão, o atacante chutou e a bola bateu na trave e no goleiro Júlio Cezar antes de entrar. No final o Fanny desperdiçou um pênalti com Eduardo, defendido pelo bom goleiro do Osternack.

“Dedico esta vitória ao meu pai, Orlando Senna, que comemorou hoje, 89 anos de vi­da”, declarou sorridente o treinador.

Outros resultados: Pilarzi­­nho 3 x 3 Trieste, Comba­­te Bar­­reiri­nha 2 x 4 Urano, Santa Qui­­téria 5 x 2 Nova Orleans, Vila Fanny 1 x 0 Osternack , Iguaçu 1 x Uberlândia Capão Raso 1 x 0 Vila Hauer. O Urano é o líder com, 20 pontos.

Motorista de ônibus tem dia de Banks

                                      Hugo Harada/ Gazeta do Povo
“Só levando eles no Risca Faca”, gritava da laje Fátima, torcedora do Uberlânia, chateada com a derrota para o Combate

Responsável pela linha São Francisco na madrugada, o goleiro Ricardo reviveu a maior defesa do futebol na vitória do Combate sobre o Uberlândia

Suburbana

Publicado em 06/09/2010 | Maurício Kern

Do ponto final da Rua Francisco Derosso ao terminal do Vila Hauer, utilizando o alimentador que faz a linha São Francisco. Este é o trajeto que o goleiro Ricardo encara todas as madrugadas na boleia de um ônibus em Curitiba. No sábado, após o trabalho, ele deu uma de “Gordon Banks da Suburbana”, guiando seu time em campo e garantindo a vitória do Combate Barreirinha por 3 a 1 no reduto do Uberlândia.

Após dirigir das cinco da manhã ao meio-dia e meia pelas ruas da capital, o goleiro Ricardo Adriano Senen, de 32 anos, foi o destaque da partida e operou um milagre no estádio Gustavo Shier. O lance inusitado lembrou a cabeçada que o goleiro inglês Banks defendeu de Pelé, à queima-roupa, na Copa de 1970. Considerada a maior defesa da história do futebol.

Ricardo iniciou a carreira nas categorias de base do Paraná, de 1990 a 1996. Ficou quatro anos parado e depois rodou pelo futebol amador. Jogou no Combate em 2004 e 2005, e retornou ao clube este ano. Além da profissão de motorista há 11 anos, o arqueiro arruma tempo para malhar na academia e se aperfeiçoar nos treinos do time. Vinícius, preparador de goleiros, responsável pela boa forma do Banks da Suburbana, treina o guarda-metas duas vezes por semana.

Na partida de sábado, o Tricolor da Barreirinha balançou a rede aos 16 minutos do primeiro tempo. Após escanteio, Tiago pegou a sobra chutando com classe no canto esquerdo. Daí em diante, começou a entrar em ação o paredão Ricardo. Seu xará, capitão do time da casa, teve a chance de empatar, mas ele operou o verdadeiro milagre a la Banks, salvando a meta e mandando a bola sobre o travessão.

No segundo tempo, os gols do Combate foram surgindo naturalmente. Aos dois minutos, Bina fez fila na zaga e cruzou para Juliano marcar de cabeça. O goleiro Ricardo fez mais duas intervenções difíceis. Logo em seguida, Adriano lançou e Bina bateu forte para ampliar. Após o terceiro gol do time visitante, Fátima Freitas, torcedora de carteirinha do Uberlândia, chamava a atenção. Sentada sobre uma laje, num puxadinho vizinho ao estádio, estava impaciente e gritava bem alto dando o recado aos atletas. “Só levando eles no ‘Risca Faca’”. Era um antigo bailão que existia no bairro.

O Uberlândia só conseguiu vencer o goleiro Ricardo através de Wescley, cobrando pênalti. “Estávamos precisando desta vitória. Estamos na briga por uma das oito vagas”, declarou Cezinha, presidente do Combate.

Outros resultados

Nova Orleans 0 x 0 Trieste, Urano 0 x 1 Pilarzinho, Osternack 0 x 1 Iguaçu, Vila Hauer 0 x 3 Vila Fanny, Santa Quitéria 1 x 1 Capão Raso. O Trieste é o líder, com 18 pontos.

‘Laurigol’ faz a festa antes da hora extra

Atacante do Urano é o herói do empate do Urano com o Triste. Após o jogo, atacante volta à rotina de segurança privado

                                       Hugu Harada/ Gazeta do Povo
Lance da emocionante partida entre Trieste e Urano, sábado à tarde, no Francisco Muraro, em Santa Felicidade


Publicado em 30/08/2010 | Maurício Kern,especial para a Gazeta do Povo

No clássico dos líderes , um repeteco da final do ano passado, um jogo digno de dois gigantes da Subur­­bana. De um lado o Trieste, de Santa Felicidade; do outro, o Urano, da Vila São Pedro .Os torcedores que compareceram no Estádio Fran­­cisco Muraro, no sábado, saíram com a certeza de ter assistido a um grande jogo no empate por 2 a 2.

Mas quem saiu de campo como o centro das atenções no duelo, foi o atacante Laurinho. O camisa 9 salvou o Urano da derrota marcando os dois gols da sua equipe, o último aos 44 minutos do segundo tempo. E detalhe: sem concentração, descanso ou qualquer outra exigência dos boleiros profissionais.

Após trabalhar das dez às seis horas da manhã como segurança em uma empresa de alimentos, o atacante Lauro Guedes Fialho, 35 anos foi o personagem do duelo. Casado, pai de Lucas e Amanda, Laurinho, além da rotina semanal no trabalho, nas horas de folga, ajuda a esposa na panificadora da sogra. É pedreira total. Algo que deixou sua missão em campo fácil de ser cumprida.

Parecia que o Trieste sairia vencedor. Abriu o placar aos 29 minutos da primeira etapa com Lean­­drinho. Após o intervalo, aumentou a rivalidade e os ânimos dos jogadores em campo .

Julianinho ampliou, chutando forte e furando a rede de Paulão. Daí em diante, foi um bombardeio azul celeste. Só deu Urano. Bastaram treze minutos para o iluminado Lau­­rinho mudar o resultado. Aos 32, Salário cobrou escanteio e Laurinho subiu com estilo, marcando de cabeça. O atacante não parou por aí. Foram mais duas tentativas, que pararam no bom goleiro triestino. Na última volta do ponteiro, Re­­ginaldo Vital cruzou e ‘Laurigol’ bateu forte empatando no final.

O atleta tirou a camisa e foi comemorar com a galera no alambrado. “Fiquei feliz por ter ajudado a equipe fazendo os gols. Mas agora preciso voltar ao trabalho, estou escalado e tenho que cobrir um plantão”, declarou o incansável Laurinho.

Outros resultados

Capão Raso 0 x 0 Nova Orleans, Osternack 0 x 3 Vila Hauer, Trieste 2 x 2 Urano, Uberlândia 1 x 0 Santa Quitéria, Vila Fanny 2x 1 Iguaçu, Combate Barreirinha 0 x 1 Pilarzinho. Trieste e Urano dividem a liderança, com 17 pontos.

Gerente de posto comanda a goleada do Santa Quitéria

Suburbana

Publicado em 23/08/2010 | Maurício Kern, especial para a Gazeta do Povo


Ele fica ali parado, perto da área, como quem não quer nada. De repente a bola chega a ele e é gol cer­­to. O atacante Cristiano, do Santa Quitéria, foi o personagem de sábado na goleada por 4 a 1 sobre o Vila Hauer. Ele fez os quatro gols do Quitéria na casa do adversário, no Estádio Donato Gulin, e se isolou na artilharia da competição com 9 gols.

Cristiano dos Santos Silva, 29 anos, gerente de posto de combus­tível, coordena 11 funcionários na pista do posto onde trabalha. No duelo de sábado, contra o Hauer, liderou o time no gramado, garantindo a goleada do seu time. Cristiano começou no infantil do Paraná Clu­­be e por lá jogou durante seis meses apenas. Como era muito jovem na­­quela época, teve de trabalhar para sustentar a família – a carreira de jogador de futebol ficou em se­­gundo plano.

Neste ano, disputou a Copa Barão, levantando o caneco com o Santa Quitéria e, de quebra, conquistando a artilharia da competição, com 12 gols. No sábado, a tônica da primeira etapa parecia ataque contra defesa. Uma verdadeira avalanche quiteriense contra a meta do goleiro Aracaju.

O caminho do gol começou a ser aberto aos 23 minutos. Maicon lançou Cristiano e o atacante fuzilou, abrindo o placar para os visitantes. Logo em seguida, Marlon (ex-Paraná), ganhou do goleiro e tocou para Cristiano ampliar para 2 a 0. Veio o segundo tempo, e os gols do Quitéria reapareceram. O treinador Marinho, do Vila Hauer, não havia nem sentado no banco de reservas, e só conseguiu mesmo escutar os foguetes da torcida verde e amarela.

Como um balde de água fria, Adri­­ano Chuva, camisa 6, se tornou um coadjuvante digno de Oscar. Com dribles curtos, envolvendo a zaga do Hauer em duas ocasiões, deixou o artilheiro e protagonista da tar­­de na cara do gol. Cristiano selou a go­­leada com mais duas bolas na rede.

No final, Luizinho descontou para o Hauer. ”Estamos trabalhando desde o ano passado, os jogadores estão assimilando bem e respondendo em campo”, disse, sorridente, o técnico Juninho.

Os outros resultados da rodada foram: Pilarzinho 3 x 0 Osternack, Combate Barreirinha 0 x 0 Capão Raso, Iguaçu 2 x 3 Nova Orleans, Trieste 2 x 1 Vila Fanny, Urano 3 x 2 Uberlândia, Vila Hauer 1 x 4 Santa Quitéria. Trieste e Urano dividem a liderança, com 16 pontos.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Comandado por Laurinho, Urano bate o Vila Fanny

                                          Hugo Harada/Gazeta do Povo                      

Laurinho (no meio da roda) comemora: Urano líder graças ao seu gol

   
Publicado em 16/08/2010 | Maurício Kern, especial para a Gazeta do Povo

Um time brigando pela liderança e outro tentando sair da zona de rebaixamento da Suburbana. Sábado, mesmo jogando no Es­­tádio Ismael Gabardo, o Vila Fanny foi derrotado por 1 a 0 pelo Urano e viu sua situação piorar ainda mais. A equipe da Vila São Pedro, comandada por ex-profissionais, venceu com um gol de Laurinho, destaque do jogo

A casa era do Fanny, mas Laurinho estava tão à vontade que parecia relembrar os tempos de Couto Pereira, quando foi profissional do Coritiba na década de 90.


Lauro Guedes Fialho, 35 anos, trabalha como inspetor de logística fora das quatro linhas. Foi descoberto no futebol pelo treinador Sisíco, quando jogava no juvenil do Nacional do Boqueirão. Ficou no Alto da Glória de 1992 a 1998. Depois rodou por Japão, China, Costa Rica, Guatemala e Honduras. Encerrou a carreira na Caldense-MG, em 2003.

Começou no amador em 2005, pelo Capão Raso, e agora veste a camisa do Urano, onde já coleciona o bicampeonato da Série A e o título da Taça Paraná de 2009. No sábado, com uma chuteira branca invocada, Laurinho desequilibrou. Matou a bola no peito, deu de calcanhar e fez dois gols. O primeiro não valeu – bem anulado pela arbitragem. Mas, aos 33 minutos do primeiro tempo, Salário cruzou uma falta no bico da área e o atacante desviou de cabeça para a rede.

“Jogando ao lado de Salário, Dirceu e Reginaldo Vital fica mais fácil. São jogadores qualificados, que fazem a diferença”, disse, elogiando os colegas de Urano. Os dois últimos, também ex-profissionais. Dirceu, cria do Coritiba na mesma época de Laurinho. Vital, revelado pelo Paraná, defendeu os três clubes de Curitiba. Ao lado de Salário, eles ditaram as regras em campo, envolvendo a equipe do Fanny.

Os maqueiros do time da casa deram a receita para afastar a zica do vice-lanterna: “Vamos levar essa gurizada no Bailão do Adelso.” Após a quinta derrota em seis jogos, o técnico Jurandir Sena não esconde a insatisfação. “Falta um matador lá na frente”, reclamou.

Os outros resultados da rodada foram: Iguaçu 2 x 1 Pilar­­zinho, Nova Orleans 2 x 3 Combate Barreirinha, Oster­­nack 0 x 3 Capão Raso, Santa Quitéria 2 x 0 Trieste, Vila Hauer 1 x 0 Uberlândia ,Vila Fanny 0 x 1 Urano. Trieste, Ura­­no e Capão Raso dividem a liderança, com 13 pontos.
 

Iguaçu acaba com a alegria do Capão Raso




Robertson Luz

Marcelo Maia ajudou o Iguaçu na vitória por 1 a 0 contra o Capão Raso


Suburbana

Publicado em 09/08/2010 | Maurício Kern, especial para a Gazeta do Povo


Ficou comprovado que os torcedores que acompanham o futebol amador são fiéis aos seus times. Mesmo com o clássico Paratiba, na Vila Capanema, no mesmo horário, o estádio José Carlos Oliveira Sobrinho teve casa cheia.

Em campo, o Capão Raso não aproveitou o apoio da torcida e foi derrotado pelo Iguaçu, em casa, por 1 a 0, perdendo a invencibilidade e a liderança da competição. Com um primeiro tempo pobre, fraco e sem emoção, o único arremate a gol foi feito por Leo­­mar, que assustou o goleiro Ro­­gério, do Capão.

Antes do início da segunda etapa, as atenções estavam voltadas para a cabine de honra do estádio. Uma enxurrada de torcedores com apelidos roubavam a cena do jogo. Fofão e Zóio comandavam o en­­louquecido esquadrão do Capão Raso. Ambos são integrantes da diretoria do clube e acompanham o time há 30 anos.

“Aqui tem um bando de doidos que torcem para este time, vou levantar a ficha deles”, contou Fofão. Sopa, Bahia, Tiziu, Curruíra, Japonês, Cabeção (que comeu 12 pães com mortadela durante um jogo), Locão, Cai pra Dentro (goleiro que tomou 21 gols num treino amistoso) e Tete fazem parte da trupe do Capão Raso.

Com um boné na cabeça e óculos escuros, Zóio chama a atenção pela tatuagem estampada com o escudo do Capão Raso no braço. O grupo fez até vaquinha para comprar amendoim do tiozinho que passava por ali. A bola voltou a rolar e o clima esquentou em campo. Quem não faz, leva. Duas chances, perdidas com Ger­­mano, esbarraram no arqueiro do Iguaçu.

O castigo veio aos 36 minutos. Nano Moro acertou um chute de fora da área, a bola quicou no morrinho e foi parar no fundo da rede, decretando a vitória para o alvinegro.
“Peguei bem na bola, mas a vontade e a raça do grupo prevaleceram em campo”, comentou o atacante Moro.
Os outros resultados da rodada foram: Nova Orleans 0 x 2 Pilarzinho, Uberlândia 0 x 2 Trieste, Santa Quitéria 5 x 1 Vila Fanny, Urano 4 x 3 Vila Hauer, Capão Raso 0 x 1 Iguaçu, Combate Barreirinha 1 x 0 Osternack. O Trieste é o líder com 13 pontos.

Arapongas se isola na liderança da Segundona

No estádio do ABC, Foz do Iguaçu e Arapongas ficaram no empate por 1 a 1
Fotos: Cristian Rizzi / Gazeta do Povo 


Publicado em 09/08/2010 / MAURÍCIO KERN, ESPECIAL PARA A GAZETA DO POVO

O Arapongas empatou ontem com o Foz do Iguaçu (1 a 1), no estádio ABC, e se consolidou no topo da tabela da Divisão de Acesso (Série B) do Campeonato Paranaense 2010.

A equipe visitante chegou aos 15 pontos da competição após sete rodadas. Com o empate, a equipe do Foz é a vice líder, com 13. Roma é o terceiro colocado com 12. Duas equipes sobem para a elite estadual em 2011.
Na rodada deste fim de semana, o pior resultado ficou para os torcedores da Portuguesa, que viram seu time se afundar de vez na última colocação, ao sofrer a derrota para o São José (1 a 0).

Foz do Iguaçu e Arapongas fizeram um jogo bem disputado. Os visitantes saíram na frente do placar logo aos 8 minutos com Edson Grilo. O Foz, desfalcado de vários atletas, conseguiu o empate no final do primeiro tempo, com Joel aos 42 minutos.

No segundo tempo a temperatura ferveu no gramado e o Foz foi todo ao ataque tentando a virada de qualquer maneira, chutando a gol com Gilmar e Joel. Ambas tentativas esbarravam no goleiro Danilo que segurou o resultado até o final do jogo com boas defesas. O árbitro Anderson Carlos Gonçalves expulsou Nelsinho após uma cotovelada.

Em Campo Mourão, o time da cidade recebeu o Roma no estádio Municipal Roberto Brezinski e empatou por 2 a 2. Wellington abriu o placar para o time da casa aos 12 minutos do primeiro tempo. O Roma deu a resposta com Warley empatando com um gol de bicicleta. A virada veio no início da segunda etapa com o artilheiro Fábio. Neno deixou tudo igual aos 17.
Fechando a rodada, a Lusinha foi derrotada em casa pelo São José. O único gol da partida foi feito por Josimar.

Na próxima rodada, neste meio de semana, o Arapongas enfrenta o Roma em Apu­ca­rana, o Foz joga com a Por­tuguesa em Londrina e o São José encara o Campo Mourão fora de casa.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Sem gols em campo, bichos viram atração

Nova Orleans empata por 0 a 0 com o lanterna Osternack. Duelo dos gandulas com galinhas, ovelhas e cachorros chamou a atenção fora das quatro linhas

Robtson Luz/Gazeta do Povo
Torcida do UNO: Feijão, Leco e Wesley (dir.) ganham apoio de Bruna (esq.) na cantoria pelo time
Publicado em 02/08/2010 | Maurício Kern 
Amador
 
Antes de a bola rolar no sábado, o lanterna da Suburbana, o Oster­­nack, que vinha de três derrotas seguidas, surgia como uma presa fácil para o Nova Orleans. Teoria que não se concretizou. Com uma atuação ruim e muitos erros no ataque, o Nova Orleans só não foi derrotado pela falta de pontaria do time da casa, que teimava em chutar por cima do gol adversário. E a bola nem era a Jabulani.

O empate sem gols foi uma decepção aos poucos torcedores dos dois times que foram apoiá-los no Estádio do CT Ganchinho, em Curitiba. Os atletas do Osternack mesmo com maior volume de jogo e posse de bola, pecavam nas finalizações e quando chegavam, esbarravam no arqueiro do time visitante. A única oportunidade da primeira etapa foi criada aos 40 minutos, com o atacante Roni chutando forte e parando no goleiro Marcão.


Após o intervalo, quando o ataque do Osternack tentava sem sucesso chegar ao gol, a bola era mal tratada e chutada sobre a grade de proteção que fica atrás da meta do goleiro Marcão. Bastava o gandula sair em busca da bola para o show começar do lado de fora – as ovelhas, galinhas e cachorros que ficavam ali no terreno ao lado, davam um show à parte e partiam para cima do gandula, tirando risos do público. “Só faltou o Jacaré”, gritou um torcedor animado. Se referia ao apelido que é dado ao estádio, Toca do Jacaré.

No fim da partida, o atacante Nika perdeu a única chance do Orleans em todo o jogo, batendo para fora. No revide, Jaílton saiu na cara do gol e chutou a queima roupa no goleiro alviverde. “Pecamos e entramos lentos em campo, deu um apagão no time”, comentou o camisa 1. O treinador Júnior Saurin, deu uma explicação para a má fase do time .“Nós não treinamos durante a semana, mas falta um pouco de sorte, dominamos o jogo, mas não fazemos o gol”, declarou.

Ambiente
“Organizada” tem três integrantes
Alexandro Rafael (Leco), de 21 anos, operador de te­­le­­marketing; Wesley Rodrigo, de 15 anos, estudante; e Rodrigo Silva (Feijão), de 16 anos, estudante. O trio é responsável pela criação da torcida do União Nova Orleans (UNO), denomi­­nada oficialmente de Força Jovem do Nova Orleans. “Tudo começou neste ano, antes do início da Suburbana. Começamos a interagir no Orkut, percebemos que o Nova Orleans não tinha uma torcida organizada e marcamos algumas reuniões até chegarmos a um acordo”, disse o presidente Leco. Durante o jogo de sábado passado, os três torcedores se dividiam com incentivos e entoavam cantos que vinham de fora do alambrado, “Oh...vamos ganhar UNO, vamos ganhar UNO, vamos ga­­nhar UNO...”. Só faltou combinar com o time, que não colaborou no gramado, ficando no empate sem gols com o lanterna da competição, o Osternack.
 
Os outros resultados da rodada foram Pilarzinho 0 x 1 Capão Raso, Iguaçu 0 x 0 Combate Barreirinha, Osternack 0 x 0 Nova Orleans, Trieste 4 x 2 Vila Hauer, Vila Fanny 1 x 2 Uberlândia, Urano 2 x 2 Santa Quitéria. Trieste e Capão Raso dividem a liderança, com 10 pontos.

Trieste fatura o clássico italiano

Comandado pelo volante Geraldo, time do técnico Cláudio Marques sobra em campo e vence o Iguaçu por 3 a 1 no sábado
Pedro Serápio/Gazeta do Povo
O volante Geraldo comemora o gol marcado sobre o Iguaçu: além de defender o Trieste, ele dá aulas em uma escolinha de Colombo


Publicado em 26/07/2010 | Maurício Kern, especial para a Gazeta do Povo 
Suburbana
 
Um clube amador, com estrutura de time profissional. O Trieste é dono de um estádio com capacidade para 3 mil pessoas, possui escolinha de futebol, preparador de goleiros, comissão técnica completa... Atributos capazes de convencer qualquer atleta a vestir a camisa do clube. Quem compareceu ao Estádio Francisco Muraro, no último sábado, teve o privilégio de ver uma atuação de gala do time da casa. Em especial de Geraldo, que comandou a vitória por 3 a 1 sobre o maior rival, o Iguaçu, no clássico dos italianos, em Santa Felicidade. A partida teve de tudo – gol relâmpago, muita rivalidade e três expulsões –, mas o Iguaçu foi presa fácil e o resultado construído ainda no primeiro tempo. 


O duelo teve um sabor especial para o segundo volante triestino, Geraldo Custódio, 32 anos. Nascido em Altônia, no interior do Paraná, ele veio para Curitiba aos 15 anos. Morador de Colombo, é professor de uma escolinha da prefeitura. Faz um trabalho social, sem custo para crianças carentes com idade de 7 a 15 anos. 
“Tenho 120 alunos. É muito gratificante ajudar essas crianças. Algumas não têm nem tênis para jogar. Procuro colaborar com todos. Não existe dinheiro que pague”, conta, emocionado, “Geraldinho”, como gosta de ser chamado. 


Autor do terceiro gol, ele é o carregador de piano do Trieste. Arma, desarma e orienta os companheiros. A torcida triestina foi premiada logo a dois minutos. Julianinho cruzou da direita e Willian tocou de letra: golaço. O lance desestruturou o Iguaçu. Aos 21 minutos, Hideo cobrou falta e Paulo Sérgio desviou para a rede. O terceiro veio em seguida, com um chute forte de Geraldo. 


No segundo tempo, o árbitro Jarbe Cassou expulsou Willian e Everson, do Trieste, e Diego, do Iguaçu. Ele interrompeu a partida por sete minutos, alegando falta de segurança ao ver alguns torcedores do time visitante, mais alterados, arremessando copos plásticos e objetos no gramado. Nos acréscimos, Lincon descontou para o Iguaçu. Mas o placar já estava definido. “O resultado foi justo pelo bom futebol que praticamos”, comemorou o técnico Cláudio Marques, que assumiu o time apenas dois dias antes da estreia, no início do mês. 


Os outros resultados da terceira rodada foram Vila Hauer 0 x 0 Pilarzinho, Nova Orleans 1 x 0 Urano, Uberlândia 2 x 0 Osternack, Capão Raso 2 x 1 Vila Fanny e Santa Quitéria 0 x 2 Combate Barreirinha. Nova Orleans, Trieste e Capão Raso dividem a liderança, com 7 pontos.