segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Juninho: técnico campeão com méritos


        Walter Alves / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Walter Alves / Agência de Notícias Gazeta do Povo / Juninho, primeiro de branco na fileira de trás, repete parceria com o hoje preparador físico Luizinho e com o goleiro reserva Vilson e o atacante Marlon

Juninho, primeiro de branco na fileira de trás, repete parceria com o hoje preparador físico Luizinho e com o goleiro reserva Vilson e o atacante Marlon

Suburbana

28/11/2010 | 21:49 | Maurício Kern, especial para a Gazeta do Povo

Juninho, de 45 anos, foi um dos responsáveis pela grande campanha do Santa Quitéria na Suburbana de 2010. Ao todo, o time verde e amarelo conquistou 11 vitórias, 3 derrotas e 7 empates. Teve a dupla de ataque, o “Casal 20”, Cristiano e Marlon, sendo o primeiro destacado como artilheiro da competição com 13 gols e Marlon vice-artilheiro com 12.

Tendo outros destaques na trajetória da equipe vitoriosa. Entre eles – o Goleiro Jonas, Adriano Chuva (lateral esquerdo), Chulapa e Julianinho no (meio campo).

O treinador da região sul comemorou muito a conquista do título da Suburbana de Curitiba ao lado dos atletas, comissão técnica, diretores e com os torcedores fanáticos pelo time verde e amarelo.

Ele estava suspenso e teve que comandar o time fora do alambrado, parecendo um “Leão enjaulado”. Sempre aos berros e praticamente sem voz de tanto orientar os atletas no gramado. A recompensa veio após o apito final.

Dentro do vestiário, Juninho agradeceu aos seus jogadores pela bela campanha, garra e lembrou que seus comandados nunca desistiram mesmo após estar perdendo a decisão por 3 a 1 dentro da casa do adversário. Levantaram a cabeça e alcançaram o objetivo, que era o empate no segundo tempo com muita raça e determinação.

“Estou feliz e ao mesmo triste. Pois semana que vem não estaremos juntos”, concluiu o treinador se referindo sobre a trajetória do time no campeonato que se encerrava naquele dia. “Merecemos o título, o campeão voltou”, finalizou.

Juninho vencedor dentro e fora dos gramados relembra o passado

O treinador Juninho, que no passado foi jogador profissional, atuando sempre na posição de lateral esquerdo, passou por equipes como Colorado, Pato Branco, Foz do Iguaçu, Itaperuna e Juventude. Encerrou a carreira aos 32 anos.

Depois da aposentadoria como atleta profissional, teve uma trajetória no futebol amador e jogou por 5 anos no Combate Barreirinha. Foi tetra-campeão da Taça Paraná pelo Combate na década de 90. (97, 98, 99 e 2000). E tri-campeão da Suburbana em (96, 97 e 98).

Em 1999, na decisão da “Taça Paraná” contra o Danúbio, o Combate venceu por 5 a 2. Os atacantes (Marlon) e Luizinho (conhecido por Esqueleto) – hoje, preparador físico , - o goleiro Vilson - e o lateral esquerdo (Juninho), - jogavam no time da Barreirinha que foi campeão.

Marlon fez os cinco gols e carimbou o passaporte ao profissional do Paraná Clube. “Eu dei alguns passes para o Marlon finalizar em gol naquele dia”, frisou o treinador sorridente.

Além dos títulos, atuando como jogador, Juninho ainda levantou o caneco como técnico duas vezes neste ano. Conquistou a Copa Barão e a Suburbana pelo Santa Quitéria.

Jonas: um paredão a serviço do campeão Santa Quitéria

            Watter Alves / Gazeta do Povo
Watter Alves / Gazeta do Povo / Jonas comemora título com a tradicional
Jonas comemora título com a tradicional "mordida" na medalha

Goleiro de 24 anos foi um dos principai destaques do time campeão da Suburbana 2010


Futebol Amador

29/11/2010 | 18:02 | Maurício Kern

Como diz um velho ditado. Todo bom time, começa com um grande goleiro. Esta escrita foi confirmada na equipe do Santa Quitéria na conquista do título da Suburbana de 2010.

Aos 24 anos de idade, o jovem goleiro Jonas passou segurança a equipe do Santa Quitéria ao longo da trajetória do amador deste ano. O Paredão virou ídolo da fanática e vibrante torcida da região sul de Curitiba. Com defesas sensacionais e seguras salvou o time e fechou a meta nos momentos que foi exigido.

“O camisa 1” do time verde e amarelo se espelha no Rogério Ceni. Jonas admira o estilo de liderança e a segurança que o goleiro passa ao time do São Paulo.

Na decisão de sábado, no reduto do Trieste em Santa Felicidade o goleiro viveu dois momentos distintos na sua carreira, sendo um no primeiro e outro segundo tempo. Na primeira etapa, quase defendeu a penalidade cobrada pelo atacante Ioiô. Jonas acertou o canto e fez a defesa na cobrança, mas a bola caprichosamente bateu em suas costas e foi morrer no fundo da rede.

No terceiro gol de Robertinho, o arqueiro acabou falhando num chute de longe.

O revés veio depois do intervalo. Após seus companheiros em campo conseguirem heroicamente alcançar o empate por 3 a 3, com o “casal 20” Cristiano e Marlon entrando em cena, no final do jogo começou entrar em ação o paredão do Quitéria.

Como todo grande goleiro precisa ter sorte, e aja sorte! Jonas teve duas bolas na trave e depois fechou a meta quando foi solicitado até o apito final, garantindo a faixa de campeão e soltando o grito após 23 anos de jejum

“Casal 20” do Santa Quitéria garante o título

                                                                                              Walter Alves/Gazeta do Povo
Walter Alves/Gazeta do Povo / Jogadores do Santa Quitéria fazem a festa no gramado do Francisco Muraro, casa do Trieste: título encerrou um jejum de 23 anos do tradicional time da zona sul
Jogadores do Santa Quitéria fazem a festa no gramado do Francisco Muraro, casa do Trieste: título encerrou um jejum de 23 anos do tradicional time da zona sul

Amador

Publicado em 29/11/2010 | Maurício Kern, especial para a Gazeta do Povo

Um fim de semana para ficar na memória dos torcedores e dos atletas do Santa Quitéria, que venceram a decisão da Suburbana de 2010.

Após estar perdendo no primeiro tempo por 3 a 1 para o Trieste, em Santa Felicidade, reduto do rival, os jogadores do Quitéria reagiram no segundo tempo, empataram a partida e levantaram a taça após 23 anos, graças a uma dupla artilheira que há muito tempo não se via na Subur­­bana. O “Casal 20” do Quitéria, os atacantes Cristiano e Marlon, desequilibrou em campo. Afinados, os dois fo­­ram o centro das atenções no Estádio Francisco Muraro.

Cristiano, camisa 11, foi o artilheiro do campeonato com 13 gols – e o seu companheiro de ataque, o atacante Marlon, camisa 9, foi o vice-artilheiro com 12.

O primeiro tempo, porém, deve ser esquecido pelo time campeão da zona sul da cidade, pois o Trieste fez a lição de casa e parecia que a história do jogo teria um outro desfecho.

Logo aos 9 minutos, Julianinho abriu o placar, batendo na gaveta. Três minutos depois, os triestinos ampliaram com Ioiô batendo pênalti. Aos 21 minutos, o Quitéria esboçou uma reação com Marlon, marcando após uma cabeçada certeira: 2 a 1.

No final do primeiro tempo, Marquinhos aumentou a vantagem ao marcar o terceiro gol do time da casa, aproveitando a falha do goleiro Jonas.

Depois do intervalo, o treinador Juninho, que estava suspenso, deu as coordenadas de fora do alambrado e mudou o esquema tático do time. Foi a partir daí que Cristiano e Marlon entraram definitivamente em ação.

A reação começou aos 4 minutos. Marlon tabelou com Cristiano e o camisa 11 fez um bonito gol, batendo forte no canto direito, diminuindo para 3 a 2.

O gol sonhado do título aconteceu aos 16 minutos. Marlon cruzou na área e o artilheiro Cristiano pegou a sobra do goleiro André, empatando por 3 a 3.

Precisando da vitória, o Trieste chutou duas bolas na trave de Jonas e o arqueiro ainda salvou o Quitéria em duas ocasiões.

Já nos acréscimos, Marlon quase fez o gol da virada. Após o apito final, os atletas deram a volta olímpica exibindo o troféu e a faixa de campeão no peito com gritos que entoavam junto com a sua fanática torcida: “oh, o campeão voltou!, o campeão voltou!, o campeão voltou!”.

“A partir do momento que acreditamos no título, fomos campeões”, declarou o atacante Marlon.

Cristiano dedicou os dois gols para a sua esposa Elizabeth e o filho Natan. “Um dia antes do duelo, jantamos juntos e prometi que marcaria na decisão”, relembrou o jogador.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Santa Quitéria vence e encontra novo talismã

                                                                              Walter Alves/ Gazeta do Povo
 Walter Alves/ Gazeta do Povo / O lateral-esquerdo Adriano Chuva fez o gol que colocou o Santa Quitéria em vantagem na decisão contra o Trieste
O lateral-esquerdo Adriano Chuva fez o gol que colocou o Santa Quitéria em vantagem na decisão contra o Trieste
  
Amador

Triunfo sobre o Trieste deixa o time a um empate do título. Jogo foi especial para o cozinheiro e torcedor fanático Michel Justus

Publicado em 22/11/2010 | Maurício Kern

Quem compareceu ao Estádio Mau­­rício Fruet no sábado para ver a primeira partida da final da Su­­burbana, viu um duelo de gigantes entre Santa Quitéria e Trieste. Casa cheia, jogo decisivo e uma intensa bateria de fogos comemorando a entrada dos times no gramado.

Atrás de um dos gols, estava Mi­­chel Justus, o cozinheiro e músico do Quitéria, que teve participação especial na vitória do time da casa com seus dotes culinários – e é o compositor do hino do clube –, transformando-se no talismã na vitória so­­bre os triestinos.

Michel ou “Pallylo” – como gosta de ser chamado –, recebeu o convite do presidente do time da ca­­sa para fazer o almoço dos atletas horas antes da partida. Morador do bairro, além de fazer bicos como cozinheiro, Pallylo se vira como mú­­sico tocando samba e pagode na região. Neste ano participou de um concurso para “rei momo”. Ficou em segundo lugar no carnaval curitibano. Pesava 160 quilos naquela época.

A paixão pela música começou a despertar aos 4 anos de idade. Na casa vizinha onde morava havia um centro de umbanda. “Por lá faziam batucadas e eu ficava doido com o barulho e saia correndo até o local. A mãe de santo, toda de branco, pegava na minha mão e me levava correndo de volta para casa. Batia na porta e falava para a minha mãe que lá não era lugar de criança ficar sozinha”, relembrou, aos risos.

Pallylo vem da terceira geração de família ligada ao clube. Seu avô, Fermino Justus, foi diretor do Vila Inah, time que fez fusão com o Ipê originando o Santa Quitéria no passado.

Com a bola rolando, o primeiro tempo do jogo foi parado e sem emoções, resumido em dois lances. Agar­­rado no alambrado, Pallylo colocou as mãos na cabeça quando viu Lean­­drinho, atacante triestino, pegar na veia um chute de fora da área que obrigou o goleiro Jonas a praticar uma defesa de mão trocada que há muito tempo não se via na Su­­bur­bana.

O Quitéria teve uma chance com Marlon, mas o arqueiro André estava bem colocado e segurou firme.

Na etapa final o clima de decisão esquentou e tornou-se emocionante, aos 28 minutos. Adriano Chuva cobrou falta com perfeição, Marlon atrapalhou o goleiro e a bola acabou entrando direto, morrendo no fundo do gol, 1 a 0.

Pallylo comemorou o gol e, em­­polgado, cantou o refrão do hino do clube: “É amor que cresce, não sei ex­­plicar, encaixe perfeito de Ipê e Vila Inah. Santa Quitéria do meu coração verde amarelo és eterno campeão.”

O gol sofrido desencadeou um verdadeiro bombardeio sobre a meta de Jonas. Foram 15 minutos de muita pressão. O time visitante ainda teve um gol anulado.

Os triestinos Geraldinho, Julia­ninho e Erivelton tentavam furar a muralha do Quitéria, mas não tiveram sucesso, parando no arqueiro, que estava em tarde inspirada.

Depois do apito final o trio de arbitragem teve de sair de campo escoltado pelo policiamento. Res­­taram muitas reclamações da comissão técnica e do time de Santa Felicidade.

A vitória do Quitéria em casa deixou as emoções reservadas para o próximo sábado no Fran­­cisco Muraro. Um empate garante o título ao Quitéria. Caso ocorra uma vitória do Trieste, haverá uma terceira partida, em local a ser definido.

“Estamos um passo à frente, vencemos o primeiro duelo e vamos lá, em busca do título”, concluiu o treinador Juninho.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Quitéria e Trieste fazem a superfinal

                                 Walter Kuko Alves/Gazeta do Povo
Walter Kuko Alves/Gazeta do Povo / Jonas, o goleiro do Santa Quitéria, é um dos destaques da fase final da Suburbana
Jonas, o goleiro do Santa Quitéria, é um dos destaques da fase final da Suburbana

Amador

Após 23 anos, time do Santa Quitéria volta à decisão do torneio. Eletricista-goleiro foi decisivo no fim do tabu

Publicado em 15/11/2010 | Maurício Kern

Favoritos e com as melhores campanhas, Santa Quitéria e Trieste classificaram-se em casa para a final da Suburbana. O Quitéria venceu o Iguaçu por 2 a 1 no Estádio Maurício Fruet; e o time de Santa Felicidade bateu o Vila Hauer por 3 a 2.

No próximo sábado, as duas equipes mais fortes do torneio fazem a primeira partida da final no Estádio Maurício Fruet. O time de Santa Felicidade terá a vantagem de jogar a segunda partida ao lado da sua torcida.

Mas a vaga do Quitéria, talvez a mais dramática, teve a assinatura do eletricista Jonas. Acostumado com fiações, instalações em postes e esquemas elétricos, o rapaz se transforma nos sábados à tarde – quando veste a camisa 1 do time verde e amarelo.

Aos 24 anos de idade, o jovem goleiro passou segurança durante os 90 minutos e quando foi exigido fechou a meta garantindo a classificação do clube na final após 23 anos – fato muito celebrado na região sul da cidade.

A trajetória do paredão com o clube iniciou em 2005. Conquistou três títulos na carreira: Copa Barão neste ano, além de duas Copas Paraná.

No início desta competição, a boa safra de goleiros era liderada por Jonas e Vilson (ex-profissional), que passou pelo Paraná Clube e por último no Paranavaí no Campeonato Paranaense deste ano. Ambos faziam um rodízio e revezamento durante os jogos do Quitéria.

A sequência foi quebrada na partida contra o Pilarzinho. Vílson sofreu uma torção no tornozelo e ficou afastado durante um tempo. Jonas assumiu a titularidade e aproveitou a oportunidade cedida pelo treinador Juninho.

“Me inspiro no goleiro Rogério Ceni. Admiro o estilo de liderança e a segurança que ele passa ao time do São Paulo”, citou Jonas, logo após a festa da classificação.

Para entender o choque que a carreira profissional e o futebol faz na vida do herói da rodada é preciso entender a rotina pré-jogo. A concentração do eletricista para a partida contra o Iguaçu foi feita em casa.

No sábado, ele chegou na sede do clube e almoçou com o grupo. Depois ficaram jogando baralho e escutando música para distrair antes do duelo contra o time alvinegro.

Em campo, a classificação começou a ser assegurada aos 18 minutos do primeiro tempo. Julianinho tocou para Marlon e o atacante deu um belo passe de calcanhar para Chulapa estufar as redes do Iguaçu.

Após o intervalo, aos 3 minutos, Adriano Chuva cruzou e o capitão Marlon ampliou de cabeça para o time da casa. O atacante computou seu 11.º gol na competição, dividindo a artilharia do campeonato com o atleta Cristiano, do Quitéria.

Logo em seguida, Leomar diminuiu para os visitantes após uma bate rebate dentro da área. O Iguaçu tentou empatar, mas o goleiro Jonas garantiu o resultado de 2 a 1 até o final para delírio da torcida verde e amarela nas arquibancadas.

Na outra semifinal, o Trieste venceu o Vila Hauer por 3 a 2. Leandrinho, Hideo e Ioiô marcaram para o Trieste. Marquinhos e Luizinho descontaram para o Hauer.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Torcida feminina abre a semi dos visitantes

                                                 Fotos:Walter Alves/ Gazeta do Povo
Walter Alves/ Gazeta do Povo / Gisele e Renata, esposas de atletas do Hauer, acompanham o jogo no camarote
Gisele e Renata, esposas de atletas do Hauer, acompanham o jogo no camarote


Amador

Fãs dão clima de desfile de moda à vitória do Trieste, fora de casa, sobre o Hauer. Iguaçu também caiu em casa para o Santa Quitéria

Publicado em 08/11/2010 | Maurício Kern, especial para a Gazeta do Povo

Sábado de sol, bom público e muitas mulheres produzidas no Es­­tá­dio Donato Gulin. Parecia um desfile de moda bem ao estilo Fashion Week, mas o palco era de uma partida do futebol amador em Curitiba. No primeiro duelo da semifinal, o Trieste venceu fora de casa o Vila Hauer por 1 a 0. Os anfitriões também se deram mal na outra partida que vale vaga na decisão, já que o Iguaçu foi surpreendido pelo Santa Quitéria por 1 a 0.

O público feminino marcou pre­­­­sença e invadiu o Estádio do Vi­­la Hauer. Se nas passarelas as grifes surpreendem com as coleções de peças de roupas que mostram elegância e feminilidade, nos bastidores do clássico suburbano torcedoras de Vila Hauer e Trieste se destacaram pelos seus “looks” pouco comuns ao clima da Suburbana. Chamando a atenção no camarote e fora do alambrado com simpatia e torcida pelo seu time de coração.

Gisele Ramos da Silva, de 29 anos, é proprietária de um “spa”. Ela é torcedora do Hauer e esposa do atacante Marquinhos Silva. Estão há dez anos juntos e a empresária acompanha todos os jogos do time. Renata Oliveira, de 21 anos, trabalha como estoquista de uma loja que vende utensílios de cama, mesa e banho. Ela é a responsável pelo cadastramento das mercadorias que chegam à empresa. É torcedora do time da casa e casada com o camisa 8 Fabinho. As amigas assistiram à partida de sábado no camarote.

As triestinas, Taylaine Gon­­çalves e Karine Karol, estudantes, de 17 anos, aproveitam as horas de folgas para torcer pelo time de coração. Taylaine namora há cinco meses com o atleta Rhadames da equipe de juniores do Trieste. As amigas inseparáveis estavam vendo o duelo em campo na área reservada aos fãs da equipe.

Com a bola rolando em campo, bastaram sete minutos iniciais para o time visitante decidir o placar. O atacante Ioiô bateu de canhota de fora da área, a bola fez uma curva e foi no ângulo do goleiro Yuri. Golaço. Os comandados do treinador Marinho Lima tentavam o empate de todas as formas. No final do primeiro tempo, o zagueiro Alex fez o travessão triestino tremer após uma cabeçada.

Depois do intervalo, o Trieste teve um gol anulado pela arbitragem. A pressão dos donos da casa aumentou quando Marcos Viní­­cius foi expulso. O Hauer pressionou e teve a chance de igualar em três ocasiões. Mas ambas pararam no arqueiro André, que estava bem colocado. “Neste ano não podemos dei­­xar escapar”, declarou o autor do gol, Ioiô, após o apito final.

Iguaçu e Santa Quitéria

Na outra semifinal, o Iguaçu foi derrotado pelo Santa Quitéria por 1 a 0. Chulapa fez o único gol do jogo nos acréscimos da primeira etapa. Jogos de volta: Trieste e Santa Quitéria têm a vantagem de jogar em casa por um empate para decidir o título.
                   

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

“Esqueleto” cuida da forma do classificado Santa Quitéria

                                        Marcelo Elias/ Gazeta do Povo
 Marcelo Elias/ Gazeta do Povo / O ex-jogador Luizinho, o Esqueleto, antes do jogo entre Santa Quitéria e Vila Hauer
 O ex-jogador Luizinho, o Esqueleto, antes do jogo entre Santa Quitéria e Vila Hauer

 Suburbana

Publicado em 01/11/2010 | Maurício Kern, especial para a Gazeta do Povo


No desenho animado, Esqueleto era o grande vilão que tramava contra o super-herói He-Man. No sábado, pela Suburbana, o Esque­­leto da vez era preparador físico do Santa Quitéria, que roubou a cena nos bastidores e viu seu time se classificar para as semifinais após a vitória por 3 a 2 sobre o Vila Hauer.

Saindo da ficção para a vida real. Luiz Fernando Cavassin, de 44 anos, usa seus “superpoderes” fora de campo como preparador do Quitéria. Ex-jogador profissional e professor de Educação Física, durante os jogos do futebol amador ele adota o estilo profissional, orientando o treinador Juninho pelo celular da cabine do Estádio Maurício Fruet.

Luizinho, como era chamado na época de jogador, iniciou a carreira nas categorias de base do extinto Pinheiros. Depois o atacante foi atuar no time amador do Capão da Imbuia. Na época, foi relacionado para disputar o Brasileiro juvenil pela seleção paranaense. Após a competição, recebeu um convite do treinador Cizico para atuar no juniores do Coritiba. Foi o trampolim até a chegada ao profissional. Ele fazia parte do elenco na conquista do Brasileiro pelo Coxa em 1985.

Em 1986, foi campeão para­­naen­­se com o Alviverde. Na se­quên­­cia, passou por Juventude, Rio Branco e Operário. Encerrou a car­­­reira no time de Ponta Grossa, em 1989. Mas a ligação com a bola não acabou e ele continuou nos gramados suburbanos de Curitiba. No ama­­dor, computou 13 títulos no Combate Barreirinha e outro pelo Iguaçu.

“O apelido de Esqueleto foi dado quando eu atuava pelo Combate. Vitor Gavião, zagueiro do Barreirinha, era conhecido por He-Man. Gavião era forte e musculoso, e o nosso time precisava de um cara magro para fazer a dupla em campo”, contou, aos risos.

Luizinho está há três anos no Santa Quitéria e auxilia nos treinos uma vez por semana. É o responsável pelo bom condicionamento físico dos atletas. No sábado, suspenso por reclamação na partida contra o Urano, acompanhou no camarote a classificação do seu time.

Aos 31 minutos do primeiro tempo, Adriano Chuva cobrou falta e abriu o placar para o time da casa. Logo em seguida, Daniel, zagueiro do Vila Hauer, foi expulso após dar uma voadora no atacante Cristiano. Aos 17, Chulapa ampliou. Três minutos depois, Cristiano fez mais um chutando forte e assumiu a artilharia com 11 gols. Nos minutos finais, os visitantes descontaram com Rogério e Fernando de cabeça.

Outros resultados

Urano 6 x 0 Pilarzinho e Trieste 3 x 0 Iguaçu. A partida entre Combate e Capão Raso, que não tinham mais chances, foi cancelada. Os jogos de ida das semifinais serão no próximo sábado: Vila Hauer x Trieste e Iguaçu x Santa Quitéria.